Que surpreendente, de tão “libertador”, é o conceito do ecossistema de educação digital, que integra a escola à vida do pequeno aprendiz, fazendo tudo ser-lhe familiar com seu hibridismo, e segue “onlife” até sempre em sua vida.
Parece-me que só isso já ilustra a possibilidade de diferentes ambientes de aprendizagem dentro de um ecossistema de educação digital, mas ainda é possível incluir esse ecossistema em outro que o abrange, se adicionarmos a essa visão a pretensão, ou melhor, o projeto, da Comissão Europeia, cujo plano de ação define infraestruturas, desenvolvimento de “potência” digital, pessoas da área de educação com competências digitais, conteúdos de elevada qualidade, tudo com respeito à privacidade e normas éticas. É lançar sol ao ecossistema.
Libertador por tratar-se de um ecossistema sustentável, como deveríamos cuidar para que todos o fossem, usando ou reciclando os recursos educacionais analógicos já existentes e únicos disponíveis antes da “revolução tecnológica” e estes se integrando aos novos, digitais, ora em uso stand alone, ora conectados em rede, não importa, numa intercomunicação (abiótica) que usa a lógica dos seres em geral (bióticos), inaugurada aí a existência do novo ser digital, que nasce pelas mãos dos humanos e vive seu ciclo, em ligações de todos para todos.
A independência da internet cuida da multiplicação, é natural, a capacidade de adaptação e a criatividade dos seres que habitam o ecossistema é o seu “não limite”, assim se desenvolvem os ecossistemas, movidos por desafios.
E mais uma vez, vale a metáfora, quando vemos claramente a explosão do digital e novas práticas pedagógicas. Em face de um ataque pandêmico, surge um novo modelo, adaptado.
E para terminar, são de se esperar relações prósperas dentro do sistema, posto que não há uma ruptura entre o antigo e o novo e sim uma convivência, com buscas de complementaridades e sinergias.
Luiz Leitão
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