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Cibercultura

Cibercultura, como refere Pierre Levy (1999), especifica o conjunto de técnicas materiais e intelectuais, de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem junto com o crescimento do ciberespaço.

"A universalização da cibercultura propaga a co-presença e a interação de quaisquer pontos do espaço físico, social ou informacional. Neste sentido, ela é complementar a uma segunda tendência fundamental, a virtualização" (Levy,1999:47).

Algumas de suas práticas

Um novo tipo de autor:

"O navegador pode tornar-se autor de maneira mais profunda do que ao percorrer uma rede preestabelecida: ao participar da estruturação de um texto" (Levy,1999:57).

A utilização de hipertextos propicia ao leitor, que clica nos links indicados no texto que está lendo, a mudança da sequência, não se interessando por alguns links e até inserindo novos links ao texto, sendo leitor e redator ao mesmo tempo, redigindo um novo texto à sua maneira.

Conferências Eletrônicas:

"Mais complexo que o simples correio eletrônico, um sistema de conferências eletrônicas é um dispositivo sofisticado que permite que grupos de pessoas discutam em conjunto sobre temas específicos. As mensagens são normalmente classificadas por assuntos e por sub-tópicos" (Levy, 1999:99).

Nesses ambientes, normalmente, os posts são dirigidos aos temas o que não impede as pessoas de responderem umas às outras já que os posts são assinados. As características da comunicação assíncrona estão muito presentes proporcionando grande independência quanto à localizaçao e ao tempo das pessoas e costuma ficar tudo gravado.

Também podem ser realizadas de forma síncrona (chat), para uma troca pontual de informaçoes bem específicas que normalmente nem ficam gravadas.

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A realidade virtual:

"A realidade virtual, no sentido mais forte do termo, especifica um tipo particular de simulação interativa, na qual o explorador tem a sensação física de estar imerso na situação definida por um banco de dados. O efeito de imersão sensorial é obtido em geral, pelo uso de um capacete especial e de datagloves" (Levy,1999:70).

Mas, como refere Pierre Levy (1999), mesmo sem os acessórios especiais para imersão na realidade virtual, estamos, no nosso dia-a-dia, administrando nosso acesso a grandes bancos de dados de acordo com princípios, regras e reflexos mentais análogos aos que nos fazem controlar o nosso acesso ao nosso ambiente físico imediato.

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